andava com ela de mãos dadas
Exibindo uma amizade
que tinha uma tristeza velada
Talvez muita gente não me entenda
nem reconheça a densidade
de enxergar incertezas
estando na faculdade
Então conhecer a poesia
e através da amizade
poder compreender
que não só meu sobrenome
mas também o coração é Liberdade
Eu vivo numa cultura que
promove dinheiro, excesso e cobiça
como uma boa vida
Num mundo onde pouco importa a injustiça
Somos obrigados a vencer uma corrida
onde os perdedores viram carniça
e o grande vencedor não é homicida
Eu tenho uma profissão
que precisa me levar ao último andar do sucesso
Em um país com uma política corrupta
e o velho lema de ordem e progresso
Pensando bem, pessoal
pareço comunista, falando assim
pra ser feliz mesmo você só precisa
de 2 hambúrgueres, alface queijo molho especial cebola picles num pão com gergelim
É…
Convivo conformado
Com a vaga ilusão
que tudo eu tenho controlado
pensando ser o programador
E não o programado
Muita ousadia da minha parte
me sentir o dono da verdade
E não entender o sentido da arte
Estando preso na mediocridade
Dar um sentido pra tua existência
não é fácil mas é permitido
e se esse sentimento não for forte
tudo fica esquecido
Hoje, 13 de setembro
é dia do programador
e eu vim aqui comemorar poesia
porque eu tô precisando
de menos lógica e muito mais amor
Essa poesia em questão foi feita para o Festival Cultural Sobrenome Liberdade (por isso a referência do 3º parágrafo) no dia 13/09 de 2013 (tal como elucida o último parágrafo).
Programador, sonhando em ser escritor e falhando em ser humorista.