arco-íris de plástico que caem através de calhas,
além da barreira hematoencefálica,
fazendo osmose com a psicose.
Adolescentes se amontoam em um banco do parque
apesar do calor do céu azul, transmitindo uma
passagem do tempo em um sinal de fumaça,
rindo de formas aleatórias nas nuvens
como se eles não pudessem ser atingidos por um raio.
Constelações flutuam na tensão superficial do silêncio
enquanto o oceano dorme, flutuando em ondas
nas costas de uma baleia jubarte enquanto respira.
Vejo como o potencial se transforma em certeza,
dicotomias conquistam possibilidades
e ondas parecem partículas.
Um espelho na escuridão é o mais verdadeiro
reflexo de que temos domínio de nossa existência.
Somos pó, conscientes da vassoura.
Programador, sonhando em ser escritor e falhando em ser humorista.