Oi, qual o seu nome?
Aposto como tem um som legal, sabe, daqueles que impressionam. Meu nome? Olha, eu não tenho exatamente um nome, pera, ou é isso mesmo ou esqueci, eu podia escolher um, criar um, que tal? Pense em um nome pra mim. É fácil. Te darei um momento pra pensar.
E aí? Pensou?
Agora pensa de olhos fechados, qual é, ninguém está olhando. Mesmo que eles estivessem, quem liga? Afinal, eu sou só isso, um pensamento. Não tá convencido, né? Certo, certo… Mas você pensou no meu nome, agora minha identidade passou a existir nos seus pensamentos. Entendeu? Claro que entendeu!
Você não acha que é incrível como estamos nos comunicando um com o outro, mesmo que você não tenha pronunciado um som? Talvez você tenha, só pra me fazer errado. Mas o que importa é que estamos nos conectando um com o outro. Quem eu sou? Daqui a pouco a gente chega lá, o que importa agora é que minha voz está sendo narrada pela sua voz interior.
Vamos mudar isso? Imagine uma voz, use suas memórias para lembrar de alguma que te seja familiar. Sua professora, sua mãe ou sua irmã. Não pense no fato de que você pode me ouvir sorrindo enquanto falo.
E aí? (risos) Com que eu pareço?
Tente não pensar nos meus olhos verdes, ou na camisa azul que estou usando com essa calça cinza. Viu? Agora eu tenho substância e estilo. E tudo por sua causa. Você me deu tudo. O que eu sou? Bom, eu existo em todo mundo. Todo mundo nesse planeta tem um pedacinho de mim dentro de si. Você não pode se livrar de mim.
Eu simplesmente… sou.
Você me chama toda hora de maneiras que você nem acreditava ser possível.
Eu existo desde os primeiros seres.
Ainda curioso?
Eu sou a imaginação.
Programador, sonhando em ser escritor e falhando em ser humorista.