Passamos a vida inteira imaginando que nosso amor verdadeiro está lá fora em algum lugar, mantemos sempre um pé para fora da porta, aguardando e procurando por aquela pessoa que vai finalmente nos dizer que fomos encontrados.
Somos animais sociais. Nós nos destacamos neste planeta porque nós criamos normas, regras, expectativas. Vivemos uma vida cheia de clichês entre a solidão física e a que permeia a mente implacavelmente com nosso interlocutor subconsciente.
Agora todas essas regras estão sendo reescritas mais rápido do que eu sou capaz de assimilar, chego a temer um tropeço existencial, pois apesar de ter aprendido a levantar e apreciar o valor da queda, agora eu tenho muito a perder se cair.
Viver sozinho, fora dos limites, pode ter sido uma experiência libertadora pra mim, mas viver sem limites é uma queda livre egoica da qual estou preparado pra abrir o para-quedas enquanto uso o meu juízo para apreciar a vista em sua companhia, quiçá até o passeio findar.
Efêmero e temporal, essa é a natureza das coisas, do universo. Então permita-me ser sua companhia na observação da passagem do tempo até o fim de nossos dias.
Programador, sonhando em ser escritor e falhando em ser humorista.