Morte é a liberdade das correntes da carne.
Morte devora a alma.
Um brinde ao tempo
Um brinde ao tempo, nosso padrinho
Nós damos um ao outro o direito de nos amarmos
O tempo em ti
Incapaz
De
Contar horas me
Rendi a contar
Lapsos sem você
Eu prefiro o silêncio
Eu prefiro o silêncio
Entre as batidas do coração
Eu escrevo você
Eu escrevo você
Mais do que você lê
No meu toque em você
Há mais do que você sente
Niilismo viciante
E quando eu sugeri
“vamos ficar bêbados”
“De que?”
Você perguntou
Eu te amos esquecidos
Na borda da sua periferia,
é onde permaneço.
Na distância
das Terras subconscientes.
Destrinchando
Posso ser
Uma letra singular
Em uma palavra
De uma sentença
A percepção dos cavalos
Todos os cavalos são da mesma cor
e tem os mesmos cavaleiros
Todos eles relincham silenciosamente
e trotam alto
Revolta rebuscada
Em tua boca há democracia
Há ditadura
Esquece a sensualidade da língua
Que apazigua a carne nua e pura
Desce, se afoga nas dobras
Rompa as ataduras.